Seguidores

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Voluntária por um mês - GHANA

Go there with an open mind, don’t expect anything, accept what you see and what you are given and your world will change forever as it did to mine!!

"Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos."
Friedrich van Schiller

Com efeito, foi o que pensei quando resolvi candidatar-me a voluntária por um mês em terras de Africa, já lá vão quase dois anos. Um sonho que realizei, não sem a ajuda da família e dos muitos amigos que me apoiaram e incentivaram.



Após o meu regresso do Ghana, amigos e interessados pediram-me para escrever e descrever o que vi e vivi nos meus 30 dias na Volta Home, um Orfanato inserido num meio rural, albergando 36 crianças e jovens de várias idades e dirigido por um Pastor da Igreja Baptista e sua mulher.

Este projecto a “solo”, que realizei movida por um impulso e uma vontade férrea do “é agora ou nunca”, nasceu de um sonho que tenho desde sempre de, pelo menos uma vez na vida, poder proporcionar carinho, amor e atenção a crianças desprotegidas de continentes esquecidos.

Sem qualquer ajuda financeira, contando apenas com o meu ordenado e a bondade de alguns amigos e colegas de trabalho que encheram as minhas malas de brinquedos, livros, roupa e artigos de primeira necessidade para os “meus” pequenos, parti, no dia 8 de Fevereiro de 09, sozinha, com o coração cheio de amor mas também de apreensão e receio do desconhecido. Para trás deixei o marido e a filha que me apoiaram incondicionalmente durante os meses de preparação da minha viagem.

O meu avião aterrou em Accra, capital do Ghana, pelas 9h da noite. Depois das formalidades aduaneiras, reboquei as minhas malas até à saída do aeroporto.
Foi como se tivesse levado um murro no estômago. Respirei apressadamente várias vezes, de boca aberta, como que a querer engolir o máximo de oxigénio possível. Àquela hora tardia, o calor continuava insuportável e o ar irrespirável, pelo menos para mim, acabada de sair de um Inverno rigoroso na Europa.

À minha espera encontravam-se o director da organização não governamental  (ADAVS) que faria a minha ligação com o local do voluntariado e uma voluntária americana, também acabada de chegar algumas horas antes.

Ao fim de alguns passos em direcção ao táxi decrépito que nos esperava, fiquei com a sensação de ter corrido um quilómetro sempre a subir. Na meia-hora seguinte percorremos vários quilómetros ao longo da cidade, primeiro passando por bairros de moradias bonitas e arranjadas, avenidas ladeadas por hotéis de luxo, depois a zona mais pobre da cidade de casas de adobe e telhados de zinco, aglomeradas em cima umas das outras, com as suas quitandas à beira da estrada, num frenesim desorganizado, de crianças, galinhas, cabras, mulheres de cestos à cabeça, homens apressados.

Passámos a noite num “hostel” de aspecto duvidoso mas que tinha cama, duche e ventoinha no tecto o que, naquele momento, era mais do que suficiente para mim. 


No dia seguinte, logo pela manhã, e após uma espera de 3 horas na estação dos tro-tros, partimos para Ho, capital da região do Volta, a leste do país e que faz fronteira com a República de Togo. Esta região recebe o seu nome do Rio Volta. Conhecida como a região dos contrastes, a Região do Volta tem o ponto mais baixo do Gana: a bacia da Lagoa de Keta, que fica abaixo do nível do mar; e o ponto mais alto: o Monte Afadjato, cerca de mil metros acima do nível do mar. A região estende-se da costa atlântica até as fronteiras da savana ao norte.

Apesar da preocupação pela minha bagagem que se encontrava na parte traseira da camioneta e que eu verificava de cada vez que a porta era aberta para colocação de mais sacos, cestos e demais bagagem, as 3 horas de espera no parque dos tro-tros foram fascinantes.  Mulheres, crianças ou homens rodeavam as pequenas camionetas, tentando vender de tudo, desde sacos de plástico contendo água, a plantains fritos ou assados, bananas, carne grelhada, pastas e escovas de dentes, sabonetes, toalhas, preservativos, ovos cozidos.... Tudo é transportado à cabeça em largos cestos de folha de sisal ou baldes de plástico, num equilíbrio aparentemente precário, sob um sol tórrido e um calor sufocante.

O facto de sermos brancas acentuou a imensa curiosidade e o sentido nato para o negócio deste povo simpático, que nos acenava para chamar a atenção e nos brindava com sorrisos de uma brancura reluzente numa pele negra e brilhante de suor.
 
Um tro-tro é nada mais do que uma carrinha tipo Ford Transit com 3 ou 4 fileiras de bancos, uma pequena bagageira na parte traseira e um “tudo ao molho” no tejadilho. Nenhum tro-tro que se preze, sai do parque sem estar convenientemente cheio, de modo a rentabilizar ao máximo a viagem. Assim, apertamo-nos à medida que as pessoas vão chegando até completar a lotação, podendo esta incluir também galinhas ou cabras, bem presas e arrumadinhas. Um tro-tro não tem pontos de paragem obrigatórios. Vai parando exactamente onde as pessoas desejam ficar. Da mesma forma, e desde que haja lugares vagos, pára em qualquer ponto da estrada para embarcar qualquer viajante. Assim, uma viagem de 4 horas directas pode, na realidade, demorar mais ou menos, consoante as vezes que um tro-tro encosta na berma da estrada, para entrarem ou saírem pessoas. Quem se senta nos últimos 2 bancos está também sujeito a levantar-se constantemente, consoante as pessoas queiram entrar ou sair, visto que só existe uma porta de correr lateral.

A paisagem desenrolava-se diante dos meus olhos, primeiro num sem número de aldeias, atravessadas pela estrada principal, com as suas casas de adobe e telhados de zinco ou palha, com os pequenos mercados ao longo das bermas da estrada e gente numa azáfama constante, enquanto multidões de crianças brincam e acenam à passagem das camionetas. À medida que avançávamos para o interior a paisagem foi-se transformando, aqui e ali grandes elevações cobertas de uma vegetação verde e luxuriante, autênticas florestas tropicais de espécies variadas como árvores do mogno, palmeiras, bananeiras, plantains, entrecalados aqui e ali por grandes espaços abertos salpicados de enormes acácias cobertas de  flores amarelas, e ninhos de térmitas, alguns com mais de 2 metros de altura.

Três horas mais tarde, o rio Volta surge numa curva do caminho. Este é o maior rio do Ghana, formado na confluência de dois rios, no centro do país, o Black Volta e o White Volta, e desagua no Golfo da Guiné em Ada, a sudeste do país.  A barragem de Akosombo construída entre 1959 e 1966 veio formar o Lago Volta, cobrindo uma área de 8.482 km2 o que o torna o maior lago artificial do mundo.
Ninho de térmitas

Aproximadamente a uma hora de caminho de Ho, atravessámos a ponte sobre o Rio Volta, a única ponte suspensa do Ghana e talvez de toda a Africa Central. Também aqui, pequenos mercados ambulantes cobriam a área imediatamente anterior à ponte e, à medida que os carros abrandavam para cruzarem o tabuleiro da ponte, mulheres e crianças formigavam à volta das viaturas gritando para chamar a nossa atenção. Dentro dos cestos agora viam-se grandes lagostins cozidos e peixe de rio frito, pães enormes e muitos outros alimentos que não consegui identificar.


Cruzada a ponte, Prince o director da ONG que nos acompanhava, informou que nos estávamos a aproximar de Ho. Na realidade demorámos mais hora e meia a chegar à capital da Região de Volta. Ho é uma cidade que evoluiu da união de duas aldeias Banakoe (hoje Bankoe) e Hegbe (hoje Heve), com 9.700 habitantes. As ruas principais que convergem para o centro de Ho são alcatroadas mas todas as outras ainda subsistem em terra batida. A cidade encontra-se instalada entre o Monte Adaklu e o Monte Galenukeui, este já na fronteira com o Togo. Ho fez parte da ocupação alemã da Togolândia, podendo ver-se ainda algumas obras tais como pontes e caminhos deixados pelos alemães durante a Primeira Guerra Mundial, tendo sido mais tarde ocupada pelos ingleses.
   
Ho - Capital da região de Volta

A cidade detém um museu, dois hospitais, inúmeras clínicas, várias igrejas incluindo a Catedral da Diocese Católica de Ho. O seu mercado ao ar livre é famoso e atrai gente de todos os pontos do Gana e Togo. A língua utilizada pelos habitantes desta região é o dialecto Ewe por muito que, o inglês seja a língua oficial do país, falado por mais de 80% da população.



Red-Red
Entrámos na cidade por volta das 3h da tarde e esta fervilhava de agitação. Viaturas de todos os tamanhos e feitios, bicicletas e motorizadas cruzavam-se nas ruas aparentemente sem sinalização ou quaisquer tipo de regras. O calor era impressionante. Prince levou-nos ao escritório da ONG que não passava de uma simples casa de adobe e telhado de zinco numa rua de terra batida. Deixámos as malas com um dos seus colaboradores e fomos com a sua secretária almoçar ao Chance Hotel. De uma lista com alguma variedade de pratos típicos, decidi-me por Red-Red , um prato que mais tarde vim a saber ser bastante popular no Ghana, preparado com feijão manteiga ou preto guisado em molho de tomate e cebola e temperado com pimenta vermelha e óleo de palma. Este guisado é normalmente acompanhado de Plantains  fritos. Escusado será dizer que, tanto eu como a Chelsea, suámos copiosamente enquanto comíamos, pela quantidade de picante que continha. No entanto, estava deliciosamente apaladado e, o meu estômago agradeceu porque mal comera desde a véspera.

Já de barriga cheia, voltámos ao escritório da ONG para buscar as minhas malas, porque eu continuaria viagem até à fazenda enquanto a Chelsea ficava em Ho.

Albert, um dos colaboradores da ONG acompanhou-me de táxi até à estação das camionetas onde apanhámos um tro-tro que faria a ligação entre Ho e Hohoe. Teríamos pela frente mais 2 horas de caminho. À medida que escurecia, a paisagem tornava-se fantasmagórica. As sombras de árvores enormes misturavam-se, aqui e ali, com as luzes bruxuleantes das fogueirass de algumas casas espalhadas pelas elevações ao longo da estrada.


A tabuleta Ve-Deme surgiu numa curva da estrada. Era a nossa saída. Neste momento já era noite cerrada e onde parámos não havia uma única luz. Retirámos as mala das traseiras da viatura e, à medida que o tro-tro se afastava, ficámos embrenhados na escuridão. Albert apontou-me um estradão de terra batida por onde teríamos de seguir, agora a pé. Eu estava completamente arrasada, com a viagem e o calor, e mal conseguia falar enquanto carregava às costas o meu saco de viagem. Albert por outro lado, rebocava calmamente o meu malão.


Como nenhum de nós tinha qualquer tipo de luz ou lanterna para nos guiarmos, por várias vezes enfiei os pés em buracos e poças de água ao longo do caminho. Dez minutos passados, Albert fez-me sinal que tinhamos chegado e entrámos por uma abertura à minha esquerda, através do que me pareceu uma vedação de bambu. Começei a ouvir gritos de crianças e, alguns segundos mais tarde, estava rodeada de uma multidão de garotos que gesticulavam e riam enquanto agarravam no meu saco, na garrafa de água e na mochila que eu transportava, enquanto outros me rebocaram até a um pátio onde estavam sentados um casal de idosos, ambos de constituição forte e larga. Convidaram-me a sentar, ofereceram-me água e fui bombardeada com perguntas durante uns bons 10 minutos às quais respondi o melhor que pude, enquanto tentava ver as caras dos garotos no meio das sombra. Sendo eles de pele muito escura, preta mesmo, era uma tarefa extremamente difícil e, no dia seguinte não me conseguiria lembrar de quais eu vira na véspera.



os sanitários
Depois de ser interrogada sobre o que tencionava leccionar durante o tempo de permanência na Volta Home e qual era a minha idade, o que foi motivo de risos porque Mrs. Annabis acertara quando dissera que eu aparentava ser mais velha do que a maioria dos voluntários que costumavam ter, levaram-me até à casa dos voluntários onde duas alemãs me esperavam : Sophia e Caroline, ambas de 20 anos. Mr. e Mrs. Annabis deixaram-me entregue às minhas novas companheiras, não sem antes me entregarem uma malga tapada, com o meu jantar. Sophia informou-me que eu iria dormir no quarto dela, onde já estava um colchão no chão e a minha mala. Depois começaram por me explicar como as coisas funcionavam por ali, a que horas elas se levantavam, a que horas se comia, quais as aulas que eu poderia leccionar... De seguida, Sophia mostrou-me os sanitários que eu teria à disposição durante aquele mês, o local do banho, onde se recolher a água e, por fim, como montar a minha rede mosquiteira.


o banho

...a lavar a loiça.
Por esta altura eu já estava tão cansada que já não conseguia assimilar mais nada. Só queria fazer a cama e deitar-me. Nem pensar em tomar banho à noite num local que não conhecia e sem luz a não ser a lanterna, portanto deixei o banho para o dia seguinte e fui deitar-me. Acordei cedo, às 6h da manhã, mas fiquei deitada à assimilar os ruídos que vinham do exterior. Os galos gritavam a plenos pulmões, as galinhas cacarejavam enquanto o que me pareceram porcos roncavam no meio de gritos e gargalhadas de crianças. Por outro lado, a casa estava silenciosa. A minha companheira de quarto dormia ainda e do outro quarto também não havia barulho, o que indicava que Carol estaria também a dormir. Tinha de utilizar o wc portanto decidi levantar-me. Mal destranquei e saí a porta da rua, várias crianças que limparavam o chão ali perto com feixes, olharam para mim curiosas e deram-me os bons dias. Aproximei-me do wc com algum receio. Ouvia-se restolhar por todo o lado, indicativo que o chão, coberto de ervas, estaria a fervilhar de rastejantes. No entanto, o meu wc estava "desobstruído" e não houve problemas. Alguns dias mais tarde, já o partilharia com grandes lagartos coloridos que ficavam parados a olhar-me curiosos, enquanto me baixava para satisfazer as minhas necessidades.

30 dias voaram sem que eu desse por eles, ocupada de manhã à noite com actividades que requeriam toda a minha atenção e paciência. As aulas de inglês ocupavam-me 1h30m duas vezes por semana. Os meus pequenos alunos entre os 9 e os 12 anos, aguardavam entusiasmados a minha chegada e, caso eu não aparecesse ainda durante o intervalo anterior, eles próprios iam buscar-me a casa, agarravam-me nas mãos, nos livros e notas e rebocavam-me até à sala de aulas.
                      
Como estas crianças estão habituadas a ser vergastadas quando cometem erros ou se portam mal, na minha primeira aula foi-me entregue uma vergasta para eu poder utilizar. De imediato informei que nunca iria agredir nenhuma criança, ao que eles me perguntaram como pensava então castigá-los. Respondi que, em primeiro lugar não esperava que eles se portassem mal. Quanto aos erros  que cometessem, seriam castigados com beijos e uma explicação mais detalhada.


Escusado será dizer que os meus alunos nunca se portaram mal nas minhas aulas e que os meus beijos e afectos eram recebidos com mais beijos e abraços da sua parte. Aliás, a terapia do beijo fez milagres ao longo de todo o mês, tendo em conta que estas crianças não estavam habituadas a ser beijadas, nem mesmo por parte de outros voluntários. Para mim, no entanto, não fazia sentido de outra forma, porque me apaixonei por todas elas desde o primeiro momento e elas necessitam que o amor, carinho e afecto que sentimos, seja demonstrado.


Para além das aulas de inglês, o tempo era dividido a pintar ou desenhar com os mais pequeninos, conversar, ouvir música ou discutir assuntos "sérios" com os mais velhos, e ajudar as raparigas na lida da fazenda. Para além disso, o dia começava sempre com o banho dos pequeninos, às 6h30m da manhã, dado pelos voluntários. Curiosamente, nunca nenhum de nós se esquivou a esta tarefa matinal, porque era um momento mágico em que tinhamos só para nós, aqueles pequenos índios de pele reluzente, que riam e brincavam enquanto os ensaboávamos...


Nenhum voluntário é obrigado a desempenhar qualquer tarefa doméstica mas o nosso propósito ali é o de ajudar e facilitar o dia a dia destes meninos que não pediram para nascer e portanto, lavar a loiça nas enormes selhas de latão, lavar a roupa, descascar o milho, moldar a massa para a cozedura do pão e bolos e muitas outras actividades diárias eram um prazer de participar, até porque era uma forma de nos sentirmos mais integrados na sua comunidade.


Na realidade, as crianças da Volta Home estão habituadas a trabalhar desde a mais tenra idade, seja a carregar água do rio até à fazenda em baldes que, por vezes, pesam mais do que elas, seja a apanhar lenha para as fogueiras da cozinha, ou na venda de pão e bolos no mercado confeccionados na fazenda, para além de tudo o resto que mencionei anteriormente. os mais velhos são também obrigados a trabalhar nos campos pertencentes ao orfanato. Caso qualquer destas actividades tenha de ser efectuada durante o horário escolar, as crianças simplesmente faltam às aulas para as poderem executar.

As condições na fazenda são muito básicas a todos os níveis. Dormimos no chão na companhia de ratitos que nos visitam todas as noites, e que me acordam a brincarem por entre os sacos e malas que estão no chão (a roupa e objectos pessoais têm de ser pendurados de cordas presas nas paredes para evitar que os nossos simpáticos amigos lhes cheguem). As necessidades fisiológicas são feitas em buracos cavados no chão e cobertos por tábuas. O banho é tomado com água do rio que as crianças vão buscar em grandes baldes.

















Porém, no final da minha terceira semana, parecia que eu nunca tinha feito outra coisa na vida e a tristeza começava a apoderar-se de mim ao recordar-me que teria de regressar a casa e deixar os “meus” meninos para trás. Na realidade, foi preciso reunir toda a minha coragem para dizer adeus a este mundo que eu amei desde o primeiro momento, e foi no meio de muitas lágrimas e muito choro que um dos meus pequenos me foi arrancado dos braços, com a promessa que eu voltaria. Aos mais velhos foi-lhes permitido acompanharem-me à estrada onde apanharia o tro-tro de volta a Accra e John, o meu “filho” mais velho, obrigou-me mais uma vez a prometer que não se passaria muito tempo até eu regressar.


Assim foi, com efeito, e eu regressei em Dezembro de 2009 para poder proporcionar-lhes a eles e a mim um Natal inesquecível. Mas isso é outra história....!!!

George (prof. de francês), Grandma and Grandpa
John



Comemos com as mãos, de malgas de plástico colorido, a não ser que os voluntários tenham os seus próprios talheres. Andamos todo o dia suados e sujos, com terra e pó agarrados permanentemente ao corpo, porque os mais pequenos gostam de trepar por nós e chegamos a ter dois e três pendurados do pescoço e mais um ao colo, tudo ao mesmo tempo, no meio de gritaria e risos e muita terra que vem agarrada aos seus pezitos descalços.

2 comentários:

  1. Que maravilha! Deve ter sido uma experiência muito compensadora a todos os níveis.
    Depois dos comentários simpáticos que tem deixado no meu blogue, resolvi vir aqui espreitar e estou a adorar! Ao ler este post, voltou a ideia que há muito alimento de fazer algo semelhante...
    Parabéns!

    ResponderEliminar