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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Safari...

Safari, em Swahili, significa simplesmente “viagem”. No entanto,  internacionalmente, tornou-se sinónimo de aventura em avistar animais selvagens em terras de Africa. Ir à Tanzânia fazer um “safari” é, e sempre será,  uma experiência única e fascinante.
 Para além disso, é um jogo. Os animais escondem-se, nós procuramo-los. Eles estão lá e vêm-nos sempre. Nós só os avistamos se eles o permitirem.

















Descobrir o Serengeti

Foi em 1913, enquanto  grande parte de Africa ainda se mantinha desconhecida que, Stewart Edward White, um caçador americano partiu de Nairobi em direcção a sul. “Andámos quilómetros e quilómetros em território seco e árido... e, de repente, vi árvores, o rio, andei mais alguns metros e ...ali estava o paraíso.” Ele encontrara o Serengeti.
Desde então, o Serengeti passou a simbolizar o paraíso para muitos de nós.  No entanto, os Maasai, que durante milénios criaram o seu gado nas vastas planícies verdes sempre o souberam. Para eles era “Siringitu” – “o lugar onde a terra se move para sempre”.

A região do Serengeti engloba o Parque Nacional do Serengeti,  a Área de Conservação da Cratera do Ngorongoro,  a Maswa Game Reserve, o Loliondo, Grumeti e Ikorongo  e ainda a Reserva dos Maasai Mara no Quénia. Noventa mil turistas visitam este parque todos os anos.








Este ecosistema único de 30,000 km2 , que inspirou vários escritores como Ernest Hemingway e  Peter Mattheisen, além de produtores cinematográficos, fotógrafos e cientistas, é o ecosistema mais antigo do planeta.














Tanto as condições climáticas, como a vegetação e mesmo a fauna quase não foram alteradas nos últimos milhões de anos. Também o primeiro homem de que há registo, com dois milhões de anos, foi encontrado aqui em Olduvai Gorge.


Olduvai Gorge
Um dos locais paleontológicos e arquelógicos pré-históricos mais importantes do mundo. Chamado "o berço da humanidade", por ter sido aqui encontrado um esqueleto dos primeiros espécimes de Homo Habilis





Mas é com a “Grande Migração” que o Serengeti se tornou famoso mundialmente.  Mais de um milhão de gnus e 200,000 zebras, gazelas e antílopes percorrem  todos os anos, de Junho a Outubro, 3.000 Km que os separam das terras secas do sul do Serengeti até à área molhada de Masai Mara no Quénia. Esta incrível jornada inicia-se quando o pasto na região do Parque Nacional do Seregenti começa a secar e a migração faz a diferença entre a vida e a morte.







Naturalmente, esta viagem é acompanhada por todo o tipo de predadores : leões, hienas, leopardos, urubus, chiitas, chacais, que estão sempre à espreita. Sem mencionar o número impressionante  de crocodilos que habitam as margens do rio Mara ou as fortes correntes que dificultam a sua travessia. Mas o instinto de sobrevivência é mais forte e nada faz parar esta massa gigantesca de animais em busca de melhores pastagens para alimentar as suas crias.














































































No passado, o turismo nada significava para a Tanzânia e poucas pessoas se sujeitavam  viajar para este país na incerteza de fracas infraestruturas versus custos altíssimos. Hoje, a Tanzânia detém diversas secções de turismo preparadas para receber turistas que pretendem visitar os Parques Nacionais com qualidade.






O Ikoma WildCamp, por exemplo, localizado a noroeste do Serengeti, entre Grumeti e Ikorongo Game Reserve, detém um conforto do qual eu não estava à espera, tendo em conta que estamos em plena savana. O Ikoma Camp tem 15 tendas elevadas sobre estacas e 8 bomas (cabanas redondas tradicionais), cada uma preparada para 2 pessoas. Cada tenda tem casa de banho completa, com duche de água quente, lavatório e sanita. Ao centro do acampamento, uma cabana grande funciona como restaurante e bar. Quando o tempo o permite, o que foi o nosso caso, as refeições são tomadas ao ar livre. De todos os ângulos podemos extasiar-nos com a vista sobre a savana e, durante a noite, os animais (hienas, leões, búfalos, elefantes...) rondam o acampamento, sendo absolutamente fantástico adormecer embalados pelo riso das hienas ou o rosnar dos leões. Não é de todo aconselhável afastarmo-nos do acampamento sozinhos, ao entardecer ou amanhecer e, quando cai a noite, são os Maasai armados de lanças que nos acompanham às tendas, visto que o acampamento não é vedado e qualquer animal pode surgir na escuridão.





4 comentários:

  1. Excelente!
    Tu e as tuas foto-reportagens...
    :)

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  2. Mais um post repleto de beleza, história e acima de tudo, grandes fotografias. Deve ter sido uma GRANDE aventura. Bjs

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  3. Olá Carla, bela foto-reportagem...Excelente....
    Cumprimentos

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  4. Como sempre após a tua (vossa) chegada vamos nós também de férias.
    Bejos gandes
    Goto muto tu
    Lella & João & João

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